domingo, 12 de julho de 2009

O Amor e o Tempo

Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.

Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

— «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
— «Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» — Nesse momento,

Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!

António Feijó (poeta Limiano), in Sol de Inverno
http://www.citador.pt/poemas.php

3 comentários:

  1. Num gostei.... é um poema triste.... :p

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  2. Mesmo Liinnndoooooo!
    Este poeta limiano era mesmo um tipo que vivia o amor com muita intensidade, não és descendente dele? looooool
    Só mesmo tu para ires desenterrar estes tesourinhos que às vezes são mesmo deprimentes!!

    Fica bem, parabéns e juizinhooooo

    Beijinhos

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