sexta-feira, 3 de julho de 2009

Delirios

"Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica,mesmo que injusta.

Pedras no caminho?Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"

Fernando Pessoa

6 comentários:

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    ♥Amado!♥
    Boa tarde^_______^彡
    Desejo que tenha um dia maravilhoso.
    Sgleão

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  2. Grande Fernando Pessoa! Falava sobre tanta coisa que hoje em dia continua a fazer muito sentido, pelo menos para mim.
    Poema muito bem escolhido!!!

    Deixo-te aqui um outro que me tocou e muito transmite! :)
    Beijo Tânia

    "Florida ilusão que em mim deixaste
    a lentidão duma inquietude
    vibrando em meu sentir tu juntaste
    todos os sonhos da minha juventude.

    Depois dum amargor tu afastaste-te,
    e a princípio não percebi. Tu partiras
    tal como chegaste uma tarde
    para alentar meu coração mergulhado

    na profundidade dum desencanto.
    Depois perfumaste-te com meu pranto,
    fiz-te doçura do meu coração,

    agora tens aridez de nó,
    um novo desencanto, árvore nua
    que amanhã se tornará germinação." FP

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  3. Sim, Tânia é muito profundo.

    Mas também ando a gostar da Florbela Espanca...

    Faz uma pesquisa!


    Obrigado pelo comentário à SANDRA e à TÂNIA.
    Joaquim

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  4. Já que estás em maré de poesia, aproveito para te deixar aqui mais um poema. Pessoa é inigualável e enorme em todas as suas dimensões, e Florbela é sem dúvida a mais sensitiva das nossas poetisas, mas para variar, e porque acho que vale mesmo a pena, escolhi Manuel Alegre; Conhecemo-lo melhor, é certo, de outras bancadas, mas a sua obra literária é, na minha opinião, obrigatória! Um grande senhor e um grande poeta. Como tantos que temos!

    "Quatro letras nos matam quatro facas
    que no corpo me gravam o teu nome.
    Quatro facas amor com que me matas
    sem que eu mate esta sede e esta fome.


    Este amor é de guerra. (De arma branca).
    Amando ataco amando contra atacas
    este amor é de sangue que não estanca.
    Quatro letras nos matam quatro facas.


    Armado estou de amor. E desarmado.
    Morro assaltando morro se me assaltas
    E em cada assalto sou assassinado.


    Quatro letras amor com que me matas.
    E as facas ferem mais quando me faltas.
    Quatro letras nos matam quatro facas."

    Beijinho, Lu

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  5. Como prometido, aqui fica o tal poema de Jorge de Sena:

    Amor, amor, amor, como não amam
    os que de amor o amor de amar não sabem
    como não amam se de amor não pensam
    os que amar o amor de amar não gozam.
    Amor, amor, nenhum amor, nenhum
    em vez do sempre amar que o gesto prende
    o olhar ao corpo que perpassa amante
    e não será de amor se outro não for
    que novamente passe como amor que é novo.
    Não se ama o que se tem nem se deseja
    o que não temos nesse amor que amamos
    mas só amamos quando amamos ao acto
    em que de amor o amor de amar se cumpre.
    Amor, amor, nem antes, nem depois,
    amor que não possui, amor que não se dá,
    amor que dura apenas sem palavras tudo
    o que no sexo é o sexo só por si amado.
    Amor de amor de amar de amor tranquilamente
    o oleoso repetir das carnes que se roçam
    até ao instante em que paradas tremem
    de ansioso terminar o amor que recomeça.
    Amor, amor, amor, como não amam
    os que de amar o amor de amar não amam.

    in Peregrinatio ad loca infecta, Portugália, Lisboa, 1969 (poema de 1965)

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  6. Lembrei-me entretanto de um outro livro de poemas que adoro. Chama-se Discurso Amoroso e é da autoria de Maria Aurora Carvalho Homem, jornalista e escritora com quem tive o prazer de trabalhar. Tem da poesia mais erótica, feminina e bonita que já li. Fica aqui um, só pra teres umna ideia...

    Nomeio-te em segredo
    e não te digo
    retenho-te nos olhos
    e tudo acende

    cicias-me ao ouvido
    e alvoroçada
    recolho-te na boca e tudo queima.

    Ardo sozinha
    a mão convulsionada
    a desenhar-te em mim

    bEIJOCA* Lu

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