"Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica,mesmo que injusta.
Pedras no caminho?Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"
Fernando Pessoa
sexta-feira, 3 de julho de 2009
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♥Amado!♥
Boa tarde^_______^彡
Desejo que tenha um dia maravilhoso.
Sgleão
Grande Fernando Pessoa! Falava sobre tanta coisa que hoje em dia continua a fazer muito sentido, pelo menos para mim.
ResponderEliminarPoema muito bem escolhido!!!
Deixo-te aqui um outro que me tocou e muito transmite! :)
Beijo Tânia
"Florida ilusão que em mim deixaste
a lentidão duma inquietude
vibrando em meu sentir tu juntaste
todos os sonhos da minha juventude.
Depois dum amargor tu afastaste-te,
e a princípio não percebi. Tu partiras
tal como chegaste uma tarde
para alentar meu coração mergulhado
na profundidade dum desencanto.
Depois perfumaste-te com meu pranto,
fiz-te doçura do meu coração,
agora tens aridez de nó,
um novo desencanto, árvore nua
que amanhã se tornará germinação." FP
Sim, Tânia é muito profundo.
ResponderEliminarMas também ando a gostar da Florbela Espanca...
Faz uma pesquisa!
Obrigado pelo comentário à SANDRA e à TÂNIA.
Joaquim
Já que estás em maré de poesia, aproveito para te deixar aqui mais um poema. Pessoa é inigualável e enorme em todas as suas dimensões, e Florbela é sem dúvida a mais sensitiva das nossas poetisas, mas para variar, e porque acho que vale mesmo a pena, escolhi Manuel Alegre; Conhecemo-lo melhor, é certo, de outras bancadas, mas a sua obra literária é, na minha opinião, obrigatória! Um grande senhor e um grande poeta. Como tantos que temos!
ResponderEliminar"Quatro letras nos matam quatro facas
que no corpo me gravam o teu nome.
Quatro facas amor com que me matas
sem que eu mate esta sede e esta fome.
Este amor é de guerra. (De arma branca).
Amando ataco amando contra atacas
este amor é de sangue que não estanca.
Quatro letras nos matam quatro facas.
Armado estou de amor. E desarmado.
Morro assaltando morro se me assaltas
E em cada assalto sou assassinado.
Quatro letras amor com que me matas.
E as facas ferem mais quando me faltas.
Quatro letras nos matam quatro facas."
Beijinho, Lu
Como prometido, aqui fica o tal poema de Jorge de Sena:
ResponderEliminarAmor, amor, amor, como não amam
os que de amor o amor de amar não sabem
como não amam se de amor não pensam
os que amar o amor de amar não gozam.
Amor, amor, nenhum amor, nenhum
em vez do sempre amar que o gesto prende
o olhar ao corpo que perpassa amante
e não será de amor se outro não for
que novamente passe como amor que é novo.
Não se ama o que se tem nem se deseja
o que não temos nesse amor que amamos
mas só amamos quando amamos ao acto
em que de amor o amor de amar se cumpre.
Amor, amor, nem antes, nem depois,
amor que não possui, amor que não se dá,
amor que dura apenas sem palavras tudo
o que no sexo é o sexo só por si amado.
Amor de amor de amar de amor tranquilamente
o oleoso repetir das carnes que se roçam
até ao instante em que paradas tremem
de ansioso terminar o amor que recomeça.
Amor, amor, amor, como não amam
os que de amar o amor de amar não amam.
in Peregrinatio ad loca infecta, Portugália, Lisboa, 1969 (poema de 1965)
Lembrei-me entretanto de um outro livro de poemas que adoro. Chama-se Discurso Amoroso e é da autoria de Maria Aurora Carvalho Homem, jornalista e escritora com quem tive o prazer de trabalhar. Tem da poesia mais erótica, feminina e bonita que já li. Fica aqui um, só pra teres umna ideia...
ResponderEliminarNomeio-te em segredo
e não te digo
retenho-te nos olhos
e tudo acende
cicias-me ao ouvido
e alvoroçada
recolho-te na boca e tudo queima.
Ardo sozinha
a mão convulsionada
a desenhar-te em mim
bEIJOCA* Lu